segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Sobre o Natal

Você vai estar rodeado por pessoas que ama,
vai receber abraços e sorrisos, 
vai ouvir lindas melodias, 
vai comer, vai brindar,
vai ganhar e dar presentes,
vai se emocionar,
vai sentir saudades,
vai se irritar com alguma coisa, 
vai receber elogios,
vai achar algo engraçado,
vai recordar os Natais passados,
vai conversar com alguém novo na família,
vai tentar tirar uma foto com todo mundo,
vai fazer planos para o próximo Natal, 
mas durante todo esse tempo,
você vai se sentir sozinho,
e se nessa sua solidão, em algum momento,
você sentir a presença de Deus,
então você terá compreendido 
o verdadeiro sentido do Natal.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sobre o que posso ser

"And teach me wrong from right
And I'll show you what I can be" - Savin'me, Nickelback

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sobre o princípio de tudo


era uma lista como outra qualquer,
preta e branca,
em tamanho A4, letra número 12,
mas significava muito pra mim,
pois me continha na oitava posição
e era o princípio de tudo,
o princípio de algo que ainda não sei...



"Fiz a tese e este livro, barcos de papel (...)
(...) como parte de nossa travessia." Marco



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Gênio da caixinha de música


Você é meu gênio da caixinha de música,
escondido entre as notas e melodias,
incrivelmente imprevisível e surpreendente...

A cada música que a caixinha toca,
sinto você tocar meu coração,
como o vento toca as nuvens,
num lindo dia chuvoso de verão...



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sobre pontos de vista


Algumas coisas na vida são definitivamente velozes e intensas, 
sob qualquer ponto de vista...

domingo, 6 de novembro de 2011

Sobre o tamanho do mundo


Quando ela sonhou, o mundo era grande.
O tempo passou e, aos poucos, ela viu o mundo ir ficando pequeno...
 A cada viagem, o mundo diminuía de tamanho.
... até que um dia ele coube bem lá dentro do seu coração.

*Foto: Punta del Este, Uruguay, novembro de 2011.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sobre gênios e poemas

Não só do criador vem a genialidade, mas também daquele que a percebe e, acertadamente, presenteia...

Poesia do meio-dia: "esta é do Pessoa, desvendando a superioridade não do sonho sobre a realidade, mas do sonhador sobre os demais."


Poesia da meia-noite: Música "Poem without words". Se um poema não tivesse palavras, seria mais ou menos assim... *


* Fotos tiradas por mim em algumas viagens de 2011.
* Presentes recebidos no dia 15 de setembro de 2011.
* O primeiro video foi feito pelo Gabriel.

Gabrielice




"Naquela semana não se haviam ainda encontrado. Ela era professora particular, com seus horários sempre cambiantes. Ele, embora não se houvesse já convertido em um misantropo, descoberto um prazer inigualável na solidão, em privar consigo, perdera, digamos, a sua predisposição ao encontro dos amigos. (A predisposição apenas, que a disposição ainda se podia encontrar, fosse muito o incentivo).

Chegado à escola, recebeu mais um presente desses com que se brindam os recém-independentes, um faqueiro de vinte e quatro peças. Achou divertido recebê-las tantas; já era a terceira vez que lhas davam. 

Mas o gosto da solidão acompanha-se, parece, por um redobrar do valor dado ao compartilhamento com as companhias conservadas fundamentais. Pensou telefonar-lhe. Fê-lo. Não atendeu. Esperado o tempo passado o qual normalmente se desincumbia a moça, tornou a telefonar-lhe. Não atendeu. Resolveu então, expediente confortável e  moderno, e ainda animado pelo espírito do compartilhamento, e pelo da troça, enviar-lhe sms:

Dona Moça, vou-lhe dar uma colher de chá.

A moça, quando mais tarde viu a mensagem, enfureceu-se, pareceu-lhe sórdida: Como pode ser que me ponham em dúvida o procedimento?! Acaso não sabe ele que se não atendo o telefone é das muitas aulas que tenho sempre de dar?! Embora tal não fosse o caso, naquele instante...

Sem pensar duas vezes telefonou-lhe, mobilizada, e reduziu-o a cinzas, tantos e tão nervosos foram os impropérios que lhe dirigiu. 

Nelson disse um dia que a mulher gosta de apanhar; nunca disse, contudo, que o homem goste de bater. É que a mulher sabe por quê apanha, embora o homem bata em nome não se sabe de quê."*

* Postado por Gabriel no Cegos em 13 de outubro de 2011:

Bs As

"Me resulta complicado escribir sobre mi vida, porque no sé cuánto recuerdo y cuánto es producto de mi imaginación; la estricta verdad puede ser tediosa y por eso, sin darme ni cuenta, la cambio o la exagero, pero me he propuesto corregir ese defecto y mentir lo menos posible en el futuro. [...] Mi memoria se mueve en círculos, espirales y saltos de trapecista." Isabel Allende - El cuaderno de Maya, p. 14 

Buenos Aires, 22 de outubro de 2011 - Señor Tango

Tempos modernos


"Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir..." - Lulu Santos

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Fazedor de chuva


"I wonder what it's like to be the rainmaker
I wonder what it's like to know that I made the rain
I'd store it in boxes with little yellow tags on everyone
and you can come and see them when I'm...done, when I'm done" - Matchbox Twenty 


*Rio, março de 2010.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A menina e o livro


"Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos. Veio a ter um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de algum livrinho, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima com paisagem de Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como data natalícia e saudade.

Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.

Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho.

Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes eram a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

Bom, mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do dia seguinte ia se repetir com o coração batendo.

E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer está precisando que eu sofra.

Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você não veio, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se formando sob os meus olhos espantados.

Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não entender. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para ela não era essa descoberta. Devia ser a descoberta da filha que tinha. Com certo horror nos espiava: a potência de perversidade de sua filha desconhecida, e a menina em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar agora mesmo As reinações de Narizinho. E para mim disse tudo o que eu jamais poderia aspirar ouvir. "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: pelo tempo que eu quisesse é tudo o que uma pessoa, pequena ou grande, pode querer.

Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração estarrecido, pensativo.

Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.

Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante." *

* A descoberta do mundo, de Clarice Lispector. Crônica: Tortura e Glória, p. 27.



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

EJC


"O importante é a rosa!"


XXVII EJC Santo Antônio - Encontro de Jovens com Cristo
Nunca estive tão perto de Deus!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Go BlackOut!

Porque vocês me fizeram ver
que no final das contas,
o que importa é o caminho,
que os bastidores são os mais legais,
que a gente pode muito mais do que imagina,
e que é por esses sorrisos,
que ser BLACKOUT valeu a pena!*



* TFLA GAMES 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sobre reencontros


“Há momentos em que a vida exige mudanças. Transições, como as estações.”
E há momentos que merecem ser repetidos. Revividos, como as estações.
Acho que agora é tempo de primavera...






segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sobre a primavera


Durante todos os dias de privamera do ano passado,
essa árvore alegrou suas tardes no caminho pro trabalho.
O outono levou suas flores embora
e por isso esperava ansiosa setembro chegar
pra vê-la ficar linda assim de novo.
Essa semana viu homens trabalhando na avenida,
colocando fios e cordas por todos os lados.
Não sabia se iriam arrancá-la dali
ou se estavam plantando outras árvores ao redor.
A simples ideia de pensar que nunca mais a veria
fez doer seu coração.
Felizmente no dia seguinte ela ainda estava lá,
ainda nem tão florida como na foto,
mas deslumbrante o bastante pra fazer seus olhos brilharem.


A primavera esse ano chegou com a chuva...
... ou foi a chuva que chegou com a primavera?
E o vento de noite bate na janela,
... pedindo uma música de ninar:


"Vento, ventania
Me leve para
Os quatro cantos do mundo
Me leve prá qualquer lugar


Vento, ventania
Me leve prá onde
Nasce a chuva
Prá lá de onde
O vento faz a curva...


Vento, ventania
Me leve sem destino
Quero juntar-me a você
E carregar
Os balões pro mar
Quero enrolar
As pipas nos fios
Mandar meus beijos
Pelo ar...


Vento, ventania
Me leve prá qualquer lugar
Me leve para
Qualquer canto do mundo
Ásia, europa, américa..." - Biquini Cavadão

domingo, 18 de setembro de 2011

Sobre a vontade de ser bom

"Sabe, ninguém é bom o tempo inteiro, mas você me faz querer ser muito bom em vários momentos..."















"... na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza..."



quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rainy day


"And I don't know if it's me or you
I can see the skies are changing
No longer shades of blue
I don't know which way it's gonna go

And if it's going to be a rainy day
There's nothing we can do to make it change
We can pray for sunny weather
But that won't stop the rain

You're feeling like you've got no place to run
I can be your shelter til it's done
We can make this last forever
So please don't stop the rain

Let it fall, let it fall, let it fall
Please don't stop the rain
Let it fall, let it fall, let it fall
Please don't stop the rain" - James Morrison

Clocks


"Confusion never stops
Closing walls and ticking clocks" - Coldplay

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dancing in the dark

Hoje você quis conversar, quis me ver, falou bem do meu vestido, elogiou meus cabelos, brincou com meus óculos, curtimos algumas músicas juntos. Depois que você foi embora fechei os olhos, apaguei as luzes, fui pro meio do quarto e nos imaginei  "dancing in the dark"... 

"You can't start a fire
You can't start a fire without a spark
This gun's for hire
Even if we're just dancing in the dark" - Bruce Springsteen

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Simples verdades


às vezes as pessoas sentem coisas belas, 
mas guardam pra elas.
e às vezes é bom pro coração escutá-las,
mesmo que sejam apenas simples verdades...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sobre coringas e escorpiões

Já era tarde da noite. Sentado na poltrona do escritório, ele fazia listas de música num papel. Um complexo de sentimentos lhe vinham à memória de vez em quando e pedaços de frases soltas lhe soavam como ecos de um passado sombrio. Pensava no presente e percebia que o que sentia era também um reflexo de tudo o que acontecia lá fora, na vida real. Desistira talvez de encontrar sentido para tudo aquilo. Via no caos uma saída, quase uma salvação. Perdido num labirinto de dúvidas, teria desacreditado na humanidade, teria perdido a fé nas pessoas. Olhava o relógio de pulso e via as horas passar. Sua essência estava ali, cravada no corpo, na mente, na alma, e isso só fazia com que se sentisse cada vez mais estranho àquele mundo lá fora... Dentro dele ainda batia um coração, de pedra.
"Why so serious?"
"Whatever doesn't kill you, simply makes you... stranger." - The Dark Knight

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Boys don't cry

"I would say I'm sorry
If I thought that it would change your mind
But I know that this time
I have said too much, been too unkind


I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try to laugh about it
Hiding the tears in my eyes
'Cause boys don't cry
Boys don't cry" - The Cure

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sobre a vida


"Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
ESTRADA EU SOU" - Almir Sater

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Fast Car

"Anyplace is better 
Starting from zero got nothing to lose 
Maybe we'll make something 
But me myself I got nothing to prove" - Tracy Chapman *



*Dentro de uma casa de fazenda velha e sem cortinas perto de Viroqua, duas brasileiras olhavam os raios se arrebentarem no horizonte como se estivessem adentrando parte da sala de estar e da cozinha. Tomando sopa sentadas num sofá cheio de pêlos de gatos, escutaram pela primeira vez Tracy Chapman... a primeira de muitas outras. Wisconsin, primavera de 2001, noite de temporal. 

domingo, 21 de agosto de 2011

Ao vivo


" - Eu AMO essa música." - disse a Jussara.
  - Eu prefiro aquela versão acústica, sabe? - disse o Gabriel.
  - Pra mim, a melhor versão dessa música é a que ele tocou ao vivo..." - disse a Jussara.
  E ambos sorriram." *




"Você me faz correr demais
Os riscos desta highway
Você me faz correr atrás
Do horizonte desta highway
Ninguém por perto, silêncio no deserto
Deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós
Sabe exatamente onde vai parar

Mas não precisamos saber pra onde vamos
Nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos
Nós estamos vivos e é tudo
É sobretudo a lei
Dessa infinita highway" - EngHaw


* Volta pra casa do show do Pouca Vogal em Pará de Minas, 21 de agosto de 2011, BR-262, cd Gessinger Mix no talo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mirrors

De frente, de lado, de costas... Ângulo perplexo das conexões. Profundo, simbólico, mágico e imponente. Diferentes perspectivas, diferentes visões. Alcance do incomum. Emaranhado de proporções. Do antes não visto, imaginação. Do olhar fixo e impreciso, reflexos. Para o que transborda e fascina: espelhos.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

MOVE

De todas as coisas marcantes na vida, 
algumas são definitivamente inspiradoras...*
* Video postado no Face hoje à tarde pelo meu amigo Rogério Policarpo Malaguti: "Uma agência de turismo para estudantes da Austrália, mandou três caras para um tour de seis semanas por 11 países, pegando 38 voos, com duas câmeras de vídeo. A missão deles: produzir filmes de um minuto cada para contar a viagem. Eles escolheram três temas: o movimento, aquilo que se aprende, aquilo que se come. O primeiro filme, “Move”, é esse aqui. Existem mais dois, “Learn” e “Eat” Simplesmente genial./Esse vai para meus primos Francisco Novelli Junior, Franco Novelli, minhas amigas Jussara Machado e Renata De Lucas Aflisio, viajantes por natureza..." (Rogério)

Sobre o Fantástico

"Compreendeu que o empenho de modelar a matéria incoerente e vertiginosa de que os sonhos são feitos é o mais árduo que um varão pode empreender, embora penetre todos os enigmas da ordem superior e da inferior: muito mais árduo que tecer uma corda de areia ou que amoldar o vento sem rosto." - ficções, jorge luis borges, p. 49

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ferris wheel


"And the wheels just keep on turning
The drummer begins to drum
I don't know which way I'm going
I don't know which way I've come" - Coldplay

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Les plus beaux couchers de soleil d'été


Ai ai... les couchers de soleil en Europe! Aliás, o que não se faz por um pôr-do-sol de verão europeu? Viaja com uma mala de bordo de no máximo 10kg; contorna filas e mais filas de check-in, imigração e afins; atravessa mares e oceanos longínquos; anda igual "cachorro sem dono" por becos e ruas, por entre ruínas e mais ruínas, procurando praças e monumentos mil, sob um calor de quase 40C graus; come comidas estranhas e diferentes; pula do barco em alto mar para nadar nos hot springs de águas vulcânicas; sobe mais de trezentos degraus montada num burro; fica molhada de água da fonte da Piazza Navona; escuta um homem tocando "Moon River" numa guitarra acústica no meio de uma praça lotada de gente; anda de calça jeans num calor infernal pra poder visitar o Vaticano e entrar na San Pietro; anda de barco pelo mar Mediterrâneo e Egeu, com direito à almoço ao som de um sanfoneiro tocando "Zorbas Dance"; aluga uma mini-van pra 9 pessoas e fica perdido numa ilha sem mapa; 
fala italiano igual "pobre na chuva"; morre de rir tentando entender a conta do restaurante escrita em grego; come churrasquinho de frango num restaurante beira-mar, pra logo em seguida tomar 3 gelatos de chocolate, caramelo e côco; faz pedido com a moedinha na Fontana di Trevi; anda de gôndola pelos canais de Veneza; arrasta uma mala escadaria acima e abaixo e segue uma velhinha italiana pra chegar até o hotel; compra souvenir nos labirintos de Santorini; atravessa Atenas de metrô e decora o que a moça da estação fala a cada parada: "epómeno stathmó"; anda de trem com uma trilha sonora perfeita pela Itália afora;  
posa pra foto várias vezes na tentativa de tirar uma foto mais ou menos sozinha; caminha com mapa da cidade na mão até que um nativo venha conduzí-la a um restaurante da região; bebe cerveja a 11 euros na praça Michelangelo com a vista mais incrível da Toscana; compra lenço do camelô pra poder entrar na Cattedrale di Santa Maria del Fiore; atravessa o Ponte Vecchio sem olhar, pra não ter a tentação de comprar aquele ouro todo; tira foto de carros de tudo quanto é tipo pra virar recordação; come macarrão à luz da lua escutando o tema do Poderoso Chefão e prova o tal Limoncello depois da refeição; acorda às 3h da manhã pra pegar o avião; toma chá gelado com suco de laranja, omelete, geléia de morango, manteiga e pão; compra frutinhas no centro de Atenas; segue placas com setinhas em Veneza; 
tira foto de macarrão colorido e igrejas de todos os tipos; tira fotos de monumentos que não cabem nas fotos; pede informações para uma turista espanhola na porta do Duomo; assite à um palhaço imitando as pessoas em frente à Galeria Uffizi; compra água de 0,50 centavos, 1 euro, 2 euros e até de 3!; caminha pelo mercado a céu aberto em Florença; tira mais de 10 fotos em frente à mesma igreja que visitou em 2006, com a Niki e sua família, e no coração, boas recordações; entra na loja da Ferrari e vê um carro de Fórmula 1 ao vivo e a cores; sobre mais de 360 degraus pra ver Roma do alto da San Pietro; visita o oráculo de Delfos e fica maravilhada com as montanhas e as lendas do lugar; compra cd de música na praça e no barco; visita mosteiros e igrejas bizantinas; 
vai à um museu do vinho e visita uma plantação de pistache; senta nos degraus da entrada da Acrópolis e come maçã; anda de trenzinho pelas ruas de Monastiraki; tira foto com o soldado depois da troca de guardas em frente ao parlamento grego; reencontra uma acampante do Cisv que conheceu em 2002 e acaba conhecendo a parte moderna e rica de Atenas; ganha frutas e petit gateau de brinde do restaurante; nada na piscina do hotel; conhece uma família no avião, cujo pai é alemão, casado com uma brasileira, de filho suíço, indo de férias para Vassouras, interior do Rio de Janeiro... Faz tudo isso e outras coisas mais, só pra ver o sol se pôr às 21h, bem no final do dia... e deixar o céu num azul e vermelho inigualável... e inesquecível! Ai ai o pôr-do-sol de verão europeu... ai ai...*
* Férias na Itália e Grécia, julho de 2011.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Caleidoscópio


"Eu quase posso ouvir a tua voz
Eu sinto a tua mão a me guiar
Pela noite a caminho de casa..." - Paralamas do Sucesso


domingo, 10 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Doubt



What is it with me...
...that whenever time comes
I never want to leave!!!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Butterflies

When I start having butterflies in my stomach...
well... then I guess it's time to pack! :)

domingo, 3 de julho de 2011

Lugar ao sol

“antes que entrasse para cumprimentar minha tia, faziam-me esperar um instante na primeira peça, onde o sol, ainda de inverno, viera aquecer-se diante do fogo, já aceso entre os dois ladrilhos e que pincelava toda a peça de um cheiro de fuligem, tornando-a como uma dessas grandes “bocas de forno” do campo, ou desses panos de chaminé de castelos, a cujo abrigo nos vem o desejo de que rebente lá fora a chuva, a neve, até mesmo alguma catástrofe diluviana para acrescentar ao conforto da reclusão a poesia do inverno...” (Proust, No caminho de Swann, 2008, p. 77)*









* Fotos tiradas na estrada que liga Belo Horizonte à Brumadinho, no dia 12 de junho de 2011.

Beautiful world

"Bones sinking like stones
All that we fought for
Homes, places we've grown
All of us are done for
And we live in a beautiful world
Yeah we do, yeah we do
We live in a beautiful world
Oh, all that I know
There's nothing here to run from
'Cos yeah, everybody here's got somebody to lean on" - Coldplay

sábado, 2 de julho de 2011

Pio XII

há 15 anos fechamos pela última vez nossos livros e cadernos, andamos pela última vez no pátio da escola, ouvimos pela última vez a música do recreio e olhamos pela última vez para algumas pessoas que um dia jamais teríamos pensado em reencontrar... 

... e esse reencontro foi pra mostrar
 que nem tudo que é passageiro fica no passado, 
se a gente realmente quiser lembrar...

"Pio XII, minha escola, de Dom Bosco tens o jeito, 
e a mãe Auxiliadora, faz de ti, um lar perfeito!"

Turma de 1996 - Colégio Pio XII - Encontro do dia 18 de junho de 2011

Vinil

o tempo vai passar, as coisas vão mudar, mas eu nunca vou me esquecer de você...

Where is my nutshell?

"If I can't be my own, I'd feel better dead" - Alice in Chains

sexta-feira, 1 de julho de 2011

La petite fille

Última terça-feira de junho de 2011. Nossa última aula. Ela chegou alegre, numa ansiedade enorme de falar tudo, de saber tudo, de tudo o que tínhamos estudado até aquele dia... Participou como nunca tinha participado antes. Brincou, cantou, contou estórias, riu... Ao final da aula, disse: "Hoje a aula passou rápido, né?" Eu sorri... Organizamos os brinquedos, guardamos os livros e os "cards". Foi então que eu disse: "Bon voyage!" Ela me olhou nos olhos, não disse nada... olhou bem fundo .... e me abraçou! Ela só tinha 5 anos, mas partiu e partiu meu coração!

Amanda,
Je te souhaite une fantastique expérience en France et j’espère te revoir bientôt! 

Rock'n Roll Night


if it's to live this life once,
then we might as well live it
like it was forever


"Hot as a fever
Rattling bones
I could just taste it (taste it)
If it's not forever
If it's just tonight
Oh, it still the greatest (the greatest, the greatest)
You...
Your sex is on fire...
You...
Your sex is on fire
Consumed with the words you transpire" - Kings of Leon



quinta-feira, 30 de junho de 2011

Suas qualidades

...de todas as suas qualidades, 
a que eu mais gosto é aquela em que
você me faz ver
de olhos bem abertos,
todos os motivos pelos quais
 vale a pena eu ser eu mesma,
 cada vez mais...